Atriz
-teza tomava-lhe o coração.
Era protagonista de seu próprio
espetáculo,
mas queria mais:
fazer participações especiais.
Veio até mim,
o sorriso de metal,
o aparelho sem banda.
Decerto a dentista percebera
que as bandas ela já tinha,
lhe faltava apenas o ferro.
Procurou a mim
porque estava cansada de atuar em
peças normais.
Queria algo bilíngue...
talvez até mesmo trilíngue!
Dois corpos nus,
meu Pão de Açúcar simétrico fazia
cócegas no dela
—
doce
sensação
bicudamente>
arrepiante.
Uma abaixadinha,
e minha boca experimentou
seu quitute cenográfico.
Ouvi um gritinho,
sabia que seu dedo do pé já estava
dormente.
Nessa cena poliglota,
fiz com que as línguas se
entendessem.
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