Selecionado para publicação no Jornal de Alumínio Regional – 2010
Construiu-se uma ponte.
Assim que eu a vi, lá no
horizonte,
Cri, em seu final havia algo bom,
Algo que me daria inspiração.
Tive a ideia de atravessar.
Que nela ela ando, um tempinho há;
Já lutei contra monstros e
moinhos,
Mil armadilhas pelo caminho.
O que realmente há em seu fim
Não é de meu conhecimento.
E se eu tiver um descontentamento?
Resolvi fazer uma pausa,
Decidir se continuo ou não,
Se enfrento os demais obstáculos
E corro o risco da decepção.
Talvez queira só voltar pra casa,
Fingir que nada aconteceu,
Desistir de o fim encontrar
E dar logo meu último adeus.
Juro, pedi dicas, não sei mais o
que fazer.
A ponte, no entanto, não quer me
responder;
Não me mostra um atalho que eu
possa seguir,
Tampouco um alçapão onde eu possa
cair.
Agora, oh dúvida cruel!
A ponte aponta à ponta de cá?
Ou aponta à ponta de lá?
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